Bolsonaro e a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, em reunião com integrantes da base do governo
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) negou nesta terça-feira (12) que a liberação de R$ 1 bilhão em emendas parlamentares tenha como intuito ‘comprar’ o apoio dos deputados que passarão a analisar o projeto de reforma da Previdência
, principal bandeira econômica do governo.
Pelas redes sociais, Bolsonaro
explicou que a liberação dos recursos trata-se de “rito obrigatório”. “Informo que não há verbas sendo liberadas para aprovação da Nova Previdência, como veículos de informação vem divulgando”, disse o presidente. “Seguimos o rito constitucional e obrigatório do Orçamento Impositivo, onde é obrigatório a liberação anual de emendas parlamentares.”
Ao jornal Folha de S.Paulo
, o presidente reafirmou um de seus mantras de campanha: o de que não irá adotar negociações ao estilo ‘toma lá, dá cá’, mesmo em nome da reforma da Previdência
. “Não tem negociações no nível como existia no passado, não existirão no meu governo”, disse.
A liberação de R$ 1 bilhão em emendas foi anunciada na noite dessa segunda-feira (11) pelo líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO). O parlamentar disse que o valor se refere a apenas parte de um total R$ 3 bilhões que estavam estocados. O restante pode vir a ser liberado ainda neste ano.
Seguindo o discurso de Bolsonaro, Vitor Hugo destacou que o repasse desse dinheiro para que os deputados empreguem em seus estados é previsto em Constituição e beneficia a população. “As emendas parlamentares
são prerrogativas dos deputados, com previsão constitucional, e sua liberação é uma obrigação legal do governo. A descentralização desses recursos privilegia a população brasileira que será contemplada com os benefícios gerados a partir de sua aplicação”, afirmou.
Historicamente, a liberação de emendas parlamentares esteve atrelada a interesses do governo junto aos parlamentares que recebem os recursos e conseguem aplicá-los em seus redutos políticos e, assim, fortalecerem suas imagens junto ao eleitorado. Em 2017, por exemplo, quando o então presidente, Michel Temer (MDB), enfrentava denúncia na Câmara dos Deputados, o governo liberou R$ 2,1 bilhões em emendas
– dos quais 82% foram para os deputados.
O presidente Bolsonaro
se reuniu na tarde de hoje, no Palácio do Planalto, com a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), e com vice-líderes do governo. O encontro se dá na véspera da formação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara, onde a proposta que altera as regras para a aposentadoria começará a tramitar.
Neste domingo (7), apoiadores de Pablo Marçal (Pros) invadiram os comentários do perfil do Jornal Nacional e pediram a presença do candidato à Presidência nas sabatinas da atração da Globo. Apesar da sua candidatura estar envolvida numa briga judicial , diversas contas realizaram a solicitação para que o presidenciável esteja na bancada.
“Cadê a data da entrevista do Marçal?”, indagou um dos apoiadores. “Que democracia é essa? Chama o Marçal”, falou uma segunda pessoa.
A sabatina do Jornal Nacional chamou os cinco primeiros colocados, seguindo dados da última pesquisa Datafolha . Desta forma, o convite foi feito para André Janones (Avante), Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Simone Tebet (MDB).
Porém, Janones anunciou na semana passada a retirada da sua candidatura para apoiar o ex-presidente Lula. Sendo assim, por Marçal ocupar a sexta colocação, seus apoiadores passaram a pedir para a Globo que ele substitua o deputado federal do Avante e fique frente a frente com William Bonner e Renata Vasconcellos.
No entanto, seguindo as regras, o Jornal Nacional não convidará Pablo para substituir André e apenas fará as entrevistas com Lula, Bolsonaro, Ciro e Tebet.
As sabatinas começarão dia 22 de agosto com o presidente da República. No dia seguinte, será a vez de Gomes, seguido por Lula e fechando com Simone.
Na tarde deste domingo (7), o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi vaiado e muito criticado na churrascaria Laço de Ouro, em São Paulo. Em vídeo que tem circulado nas redes sociais, o chefe do executivo federal está saindo do local, enquanto várias pessoas gritam “fora”.
Nas imagens é possível identificar Bolsonaro ao lado do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, e do ex-secretário de Comunicação do governo, Fábio Wajngarten. Os três estavam sendo protegidos por seguranças.
O presidente da República foi cercado por clientes da churrascaria, que o chamavam de “vagabundo” e pediam para ele deixar o estabelecimento.
Confira o vídeo:
🇧🇷 Presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, é expulso de churrascaria em São Paulo. Ele estava acompanhado do empresário Luciano Hang, dono da Havan. pic.twitter.com/dR6K3J1q98
Não é a primeira vez que o presidente acompanha um jogo da equipe palmeirense. Em 2018, poucos dias após vencer as eleições, ele acompanhou a entrega da taça aos jogadores do Palmeiras e comemorou o título, já que torce para o time palestrino.
Neste domingo (7), o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) publicou um vídeo da sua esposa, a produtora cultural Giselle Bezerra, em que ela rebate críticas que são feitas ao ex-governador do Ceará. Na opinião dela, o presidenciável não é uma pessoa “destemperada”, mas “indignada” com a situação do Brasil.
Nas imagens, Giselle enche o marido de elogios e diz que a maior virtude dele não é a “inteligência”, mas “o respeito que ele tem pelas pessoas”. Bezerra ainda afirma que a polícia é cercada de “sujeira e humilhação”, só que Ciro tem um perfil “conciliado” e tem “conhecimento” do país.
“Ciro é um conciliador. Acho que ninguém conhece o Brasil como o Ciro. Eu acho que o Ciro tem um respeito pelo povo que é incomparável. Sim, ele é inteligente, mas [essa] não é a principal qualidade dele. Para mim, o que ele tem de melhor para ser presidente é o respeito que tem pelas pessoas. Ele respeita as pessoas, e o que eu vejo os outros [candidatos] fazendo é um desrespeito absurdo, dentro da própria política, é rasteira, é sujeira, é humilhação, é enojante”, comentou.
Assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), Gomes tem visado o eleitor feminino e Giselle será uma das suas cartadas para atrair as mulheres para apoiar o seu projeto.