Brasileiros mudaram comportamento na internet por causa do acirramento político
O uso da internet também foi afetado pelo acirramento político em ano eleitoral. Dados levantados pelo Datafolha na última semana e divulgados neste domingo mostram que 53% dos eleitores mudaram a postura nas redes sociais para evitar atritos com amigos e familiares. Este é o percentual de entrevistados que relataram ter passado por algum tipo de problema relacionado a política em aplicativos de mensagens.
No mais popular deles, o WhatsApp, 43% pararam de falar sobre política. Entre os eleitores de Lula, o percentual é de 46%. O índice é de 38% entre os bolsonaristas.
Em outras plataformas, 41% dos entrevistados deixaram de comentar e publicar conteúdo eleitoral. A maioria é apoiadora de Lula: 44%. E 35% é de eleitores do atual presidente da República.
O Datafolha também mostra que 19% dos entrevistados saíram de algum grupo de WhatsApp, por motivação política. O índice mais alto, novamente, é entre apoiadores de Lula, 23%, ante 13% de eleitores de Bolsonaro.
Os entrevistados do Datafolha foram consultados sobre o uso de dispositivos digitais. Ao todo, 78% afirmaram que fazem uso de algum aplicativo de mensagens, mas somente 8% participam de grupos de apoio a Lula ou Bolsonaro, sendo 4% para cada candidato.
Entre eleitores do presidente, 12% estão em algum grupo. O percentual é menor entre os eleitores de Lula: 9%.
O WhatsApp é o aplicativo mais popular entre os eleitores: 78% disseram utilizá-lo para troca de mensagens.
O Telegram, por sua vez, é usado por 21% do eleitorado. Entre os eleitores que usam o aplicativo russo, 32% são eleitores de Ciro Gomes (PDT), 26% de Jair Bolsonaro, 17% de Lula, 15% de Simone Tebet (MDB) e 12% de André Janones (Avante).
Segundo o Datafolha , o Telegram é mais usado entre empresários (37%) e estagiários (41%), pessoas de 16 a 24 anos (36%) e apoiadores do PL (37%).
Redes sociais
O Facebook segue como a rede social mais utilizada pelos eleitores brasileiros. De acordo com o Datafolha, 62% dos entrevistados disseram que fazem uso da plataforma. Em seguida, vem o Instagram, utilizado por 56% dos participantes da pesquisa.
A rede social chinesa TikTok é o terceiro app mais usado pelo eleitorado: 26% informaram ter conta no aplicativo. Por último vem o Twitter, com 15%.
O percentual de eleitores de Bolsonaro que usa pelo menos uma dessas redes sociais é maior: 76%. Entre os apoiadores de Lula, o índice é de 64%.
Na manhã desta quarta-feira (17), o candidato do PDT ao governo do estado de São Paulo, Elvis Cezar, diz que a mobilidade interurbana será uma das suas prioridades, caso vença as eleições. Em entrevista exclusiva ao IG, o pedetista garantiu que fará construções e revisões sobre trens e linhas do metrô, podendo até rescindir contratos.
“Foi publicado o edital do trem de Campinas para São Paulo. Ainda não tenho conhecimento do edital com essa loucura de campanha. Mas é o modal mais eficiente que São Paulo tem em vista, já que temos a conexão de 24 milhões de pessoas da região Metropolitana de São Paulo com seis milhões de pessoas da região Metropolitana de Campinas”, explica.
“São Paulo, de forma geral, tem três tipos: essa é a grande inovação. O outro ponto é o transporte de cargas, que economiza em 10 vezes. É um projeto de médio a longo prazo, então temos que ter um diagnóstico mais conclusivo pra gente abordar e fazer, sobretudo, no agro. Utilizar essa conexão para utilizar no Porto de Santos com menor custo e maior eficiência”, acrescenta.
Ele relata que os paulistas enfrentam sérios problemas quando necessitam usar os trens. Por causa disso, Elvis garante que analisará os contratos das concessões e fará cobranças para que o transporte público apresente melhorias. Também deixa claro que pode romper contratos.
“Quando se trata de região Metropolitana, nós temos 373 quilômetros de trilhos, nos quais temos 13 linhas, que temos nessas linhas problemas, que é a ViaMobilidade, que é a última concessão, que chove ou garoa e o trem para. Nós vamos colocar uma fiscalização imediata para revisar essa concessão e punir ou, se for necessária, rescindir o contrato por má prestação e não cumprimento do objeto do contrato. E também melhorar os trens da CPTM e o metrô”, pontua.
Expansão do metrô
Elvis tem como objetivo expandir o metrô, mas não apenas por causa da mobilidade. Na visão dele, uma estação melhora economicamente a região em que ela é instalada.
“A gente quer expandir o metrô, que tem um custo de R$ 1 bilhão de quilômetro quadrado e é o maior indutor de valorização e desenvolvimento econômico de São Paulo, porque as estações de metrô, quando são feitas, valorizam o uso e valoriza todo o redor”, explica.
“A gente quer fazer linhas radiais do metrô. Com qual dinheiro? Concessão privada. Vou cuidar muito bem. Isso já foi feita no metrô, mas com morosidade, que é a desapropriação é feita pelo poder público e a concessão vai entregar o produto, ou seja, o metrô funcionando por meio da concessão privada”, conclui.
Nesta quarta-feira (17), o candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) criticou o líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record, o bispo Edir Macedo. O ex-prefeito da capital paulista afirmou que tem apoio de lideranças evangélicas e não generaliza ao realizar críticas.
“Nunca generalizo, porque acho errado generalizar [sobre lideranças evangélicas] […] Quando eu falo, digo nome. O que o Edir Macedo fez, em 2018, não se faz. Eu reagi à altura da ofensa que eu recebi. Ele entrou na Justiça e perdeu duas vezes”, afirmou o petista.
Haddad falou que não gosta quando coloca uma determina classe trabalhadora, política, social ou religiosa dentro de um “quadrado”. Na visão dele, as críticas devem ser feitas aos indivíduos que cometem erros.
“Eu acho errado generalizar. Tenho centenas de amigos evangélicos e sou neto de sacerdote. Em toda comunidade humana, vai ter um sujeito que fugirá da linha e nós temos que puni-lo. É isso”, concluiu.
Em 2018, um jornal ligado a Universal criticou Haddad e o ex-prefeito chamou os dados de mentirosos. Na ocasião, o petista era candidato à Presidência da República e chamou o bispo de “fundamentalista charlatão”. O dono da Record o processou, mas acabou sendo derrotado.
A Comissão de Infraestrutura (CI) aprovou projeto de lei que proíbe repasse ao consumidor de gastos decorrentes de perdas com furto de energia. O PL 5.325/2019 segue para a Câmara dos Deputados.