Hospital Al-Shifa é o maior da Faixa de Gaza
Doaa Rouqa/Reuters – 09.11.2023
Centenas de pessoas foram retiradas neste sábado (18) do maior hospital de Gaza, o Al-Shifa, que abrigava mais de 2.000 pacientes, profissionais da saúde e refugiados que fugiram da guerra entre o grupo terrorista Hamas e Israel no território palestino.
A operação de retirada aconteceu após uma ordem emitida pelas forças israelenses, que prosseguem, pelo quarto dia consecutivo, uma operação militar no centro médico e que exigiram neste sábado, por alto-falantes, que as pessoas abandonassem o local “em uma hora”.
Segundo a ONU, ao menos 2.300 pacientes, profissionais da saúde e deslocados pela guerra estavam no hospital, na zona oeste da Cidade de Gaza.
As pessoas saíram a pé, informou um correspondente da AFP no local, mas várias fontes médicas afirmaram que 120 pacientes continuam no hospital porque não conseguem deixar o local.
O Exército israelense, cujos tanques cercam o hospital, está revistando “prédio por prédio” do complexo hospitalar que, segundo Israel, abriga instalações dos terroristas do Hamas, em particular uma rede de túneis subterrâneos.
Os ataques terroristas do Hamas a Israel, em 7 de outubro, deixaram 1.200 pessoas mortas, a maioria civis. O grupo também levou 240 reféns para Gaza, alguns dos quais morreram.
Desde então, Israel bombardeia a Faixa de Gaza incessantemente.
As negociações para a libertação dos reféns acontecem com a mediação do Catar, mas Israel rejeita um cessar-fogo antes que todos sejam libertados.
Em Gaza, estima-se que 12 mil habitantes tenham morrido desde o início da guerra. O Exército israelense anunciou que 51 soldados foram mortos nos combates em Gaza.