Grão é o principal item na pauta de exportações do agronegócio nacional
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Artur Piva
A demanda pela soja brasileira no mercado externo aumentou em outubro. o grão é o carro-chefe do agronegócio nacional.
As informações são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Trata-se de uma das principais instituições da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com os pesquisadores da USP, o aquecimento da demanda pela soja brasileira “é favorecido sobretudo pela restrição da oferta de outros países da América do Sul e pela menor produtividade nos Estados Unidos.” Eles também afirmaram que “os preços do Brasil estão atrativos, diante de prêmios menores de exportação”.
Volume exportado
Em outubro, o agronegócio nacional exportou 5,5 milhões de toneladas do grão, um recorde para os embarques da soja brasileira no histórico para esse mês. No acumulado do ano, os embarques somaram quase 93 milhões de toneladas — até o momento.
Do volume, 30 milhões foram enviadas no segundo semestre. Assim, a marca representa um crescimento de 16% para o período.
A soja é o principal item na pauta de exportação brasileira. Entre janeiro e agosto de 2023, o país faturou US$ 48 bilhões com os embarques do grão in natura. Desse modo, a cifra equivale a 17% de todo o faturamento do país com o mercado externo durante o período.
Soja brasileira no mundo
Atualmente, o Brasil é o maior produtor e exportador desse grão do planeta. Em 2023, cerca de 40% de toda a soja que será consumida no mundo deverá ter origem na agricultura brasileira. O país destina ao mercado externo por volta de 65% de sua produção, de acordo com as projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
A maior parte do volume exportado tem a China como destino. O país é o maior consumidor e importador da soja brasileira. De cada 100 quilos do grão consumidos no mercado chinês, por volta de 70% têm origem no Brasil.
