Chuvas chegam, plantio avança, mas ritmo ainda é o menor em três anos no estado
A CHUVA CHEGOU
A semeadura de soja para a safra 2024/25, em Mato Grosso, alcançou, no final da semana passada, 25,08% das áreas previstas, avanço de 16,27 pontos percentuais (p.p.) em relação à semana passada. De setembro, quando o plantio da soja passou a ser liberado, até agora, é o maior avanço semanal registrado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
“Esse progresso está ligado à maior distribuição de chuvas na maior parte do estado, o que permitiu aos produtores avançarem nas áreas”, apontam os analistas.
Mesmo com a evolução no campo, o percentual está atrasado em 34,92 p.p. em relação à safra passada e 19,32 p.p. no comparativo com a média dos últimos cinco anos, sendo o menor volume semeado no período nos últimos três anos, destacam os analistas.
Para se ter ideia do tamanho do atraso na semeadura, na região médio norte, por exemplo, que costuma liderar o plantio da nova safra no estado, registrava em igual momento do ano passado cobertura de mais 80%. Nesta safra, conforme o Imea, a soja cobre menos de 36% da superfície prevista.
Se as chuvas cadenciam o ritmo no campo, nesta safra a liderança na semeadura trocou de ‘mãos’ e pertence à região norte, cujos trabalhos já cobrem quase 36% da área estimada. O médio norte contabiliza atraso anual de 22 p.p. e é o segundo do ranking estadual. Na sequencia está a região oeste com 32,87% da área coberta.
Ainda que a falta de chuvas tenha atrasado o plantio no estado, todas as regiões estão com as plantadeiras em atividade. A região mais atrasada neste ciclo é a nordeste com apenas 10,71% da área semeada.
ATRASO – Como destacam os analistas do Imea, as chuvas em Mato Grosso começaram a se intensificar na maior parte do estado, quase na segunda quinzena de outubro, cerca de 40 dias após a liberação do plantio, a partir de 6 de setembro.
“A intensificação das chuvas permitiu que os produtores avançassem na semeadura a partir de meados de outubro. O modelo do NOAA aponta para volumes acumulados de 15 a 25 mm na maior parte do estado, o que deve continuar favorecendo o progresso da semeadura em Mato Grosso”, acreditam.
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