Produzir bioinsumos na fazenda pode se tornar ilegal em 2025
Parlamentares e lideranças do setor produtivo são contra a proibição e cobram urgência na votação de dois projetos de lei
O decreto 6.913/2009, que garante a produção própria de bioinsumos, encerra no final de 2024 deixando dúvidas e incertezas no setor produtivo quanto aos investimentos e a prática do manejo On Farm no futuro. A votação urgente de dois projetos de lei em análise em Brasília (DF) é cobrada Conforme parlamentares e as lideranças ligadas ao setor produtivo, tais propostas em análises podem garantir a continuidade do direito da produção de forma legal da porteira para dentro, como vem sendo realizada pelo produtor de Jaciara Alberto Luiz Chiapinotto há aproximadamente 12 anos e há quatro anos com biossala.
O agricultor é um dos pioneiros no município da região sudeste de Mato Grosso a apostar no sistema de manejo On Farm. Ele conta à reportagem do Patrulheiro Agro desta semana que investiu cerca de R$ 300 mil na construção da biofábrica na fazenda.
“Aqui na biossala trabalhamos com o fungo e a bactéria. A bactéria, trabalhamos desde o sulco do plantio e conforme a necessidade vamos aplicando o fungo ou ela”, comenta Alberto.por parlamentares e lideranças do setor produtivo, que são contra a proibição.
Na propriedade da família Chiapinotto, Alberto conta ainda que são utilizados “50% de químicos e uma dose cheia de biológico”.
“Controle eficiente sem sombra de dúvida. Tem vez que só usamos biológicos para o controle. Depende da incidência da lavoura, da praga ou das outras doenças, doenças foliares fazemos só o biológico ou associado com o químico. Dobra a capacidade do controle e muito”, frisa.
Em relação aos custos de produção, Alberto revela que na última safra conseguiram uma redução de 20% nos custos com os químicos ao utilizarem os biológicos.
Isso dá para colocar no bolso de três a quatro sacas por hectare em média com o controle biológico. Sem contar que diminui a quantidade de aplicações na cultura. A natureza em si agradece. Os pássaros, a fauna, a flora. Tudo agradece. Tudo [é feito] dentro da técnica, dentro das normas, das exigências sanitárias. O contaminante é zero”, pontua.
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