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Presidente da Enel diz à CPI não garantir ressarcimento à população

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Max Xavier Lins afirma que não assegura assinar Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo Ministério Público de São Paulo

Redação Oeste

Max Lins
Max Xavier Lins disse não garantir que vai assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público, que prevê indenizações a 2 milhões de pessoas afetadas pelo apagão | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O presidente da Enel, Max Xavier Lins, prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a empresa na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nesta terça-feira, 14.

Ele afirmou que não garante assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).

O acordo prevê o pagamento de indenizações a 2 milhões de pessoas pelos prejuízos causados pelo apagão.

“Primeiro, vamos analisá-lo. Analisar os termos que foram propostos. E aí vamos sentar com o Ministério Público e discutir”, disse, ao responder à pergunta do presidente da CPI, Thiago Auricchio (PL) se assinaria o acordo.

A reunião do MP com a Enel ocorreu no dia 8 de novembro, quando o TAC foi oferecido à empresa. Ela tem 15 dias para responder. Se não aceitar, o MP deverá entrar com uma ação judicial contra a empresa.

O acordo prevê indenização a mais de 2 milhões de clientes e investimentos no sistema para reduzir os episódios de interrupção de energia elétrica.

Max Lins
Max Lins recorreu à Justiça e obteve um habeas corpus que permitia ficar em silêncio em perguntas que poderiam incriminá-lo na CPI | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

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Convocação do presidente da Enel

Lins já havia sido convidado para falar à CPI, instalada em maio para apurar supostas irregularidades desde que a empresa comprou a Eletropaulo, em 2018.

Mas o apagão que deixou mais de 2 milhões de pessoas sem energia na Região Metropolitana de São Paulo depois de um temporal impeliu os membros da comissão a transformarem o convite em convocação.

A Enel levou seis dias para religar a energia em algumas áreas da capital paulista e região metropolitana.

Depois da convocação, Lins recorreu à Justiça e conseguiu uma liminar que determina que ele seja tratado como investigado, não como testemunha. Um habeas corpus foi concedido pelo desembargador José Carlos Xavier de Aquino dando a Lins o direito de ficar em silêncio quando as perguntas direcionadas a ele possam incriminá-lo.

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