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Richthofen, Matsunaga e Nardoni: veja como estão locais onde ocorreram crimes famosos em SP

por Sandra Lacerda do R7
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Gil Rugai, Eloá, rua Cuba e Castelinho da rua Apa são outros casos que chocaram a cidade – e alguns ainda seguem sem resposta

  • São Paulo | Sandra Lacerda* e Edu Garcia, do R7

  • Não importa quantos anos passem, crimes que chocaram a cidade de São Paulo ainda assombram os imóveis que foram palco dessas tragédias, seja pelas marcas deixadas no local, seja pela eterna lembrança dos vizinhos. Muitos moradores, no entanto, lutam para esquecer e preferem não tocar no assunto.O R7 retornou aos locais marcados por alguns dos crimes mais aterrorizantes da história da cidade para conferir como eles estão hoje, em novembro de 2023. Confira:

    Não importa quantos anos passem, crimes que chocaram a cidade de São Paulo ainda assombram os imóveis que foram palco dessas tragédias, seja pelas marcas deixadas no local, seja pela eterna lembrança dos vizinhos. Muitos moradores, no entanto, lutam para esquecer e preferem não tocar no assunto.

    O R7 retornou aos locais marcados por alguns dos crimes mais aterrorizantes da história da cidade para conferir como eles estão hoje, em novembro de 2023. Confira:

    Reprodução

  • Caso Von Richthofen 
    As paredes de tijolos marrons e as coberturas de folhagens, divulgadas exaustivamente nos jornais em 2002, não fazem mais parte da antiga casa da família Von Richthofen. A residência, comprada por Manfred em 1998, por R$ 330 mil, possui dois andares com sala, cozinha, banheiros, suítes, escritório, biblioteca, piscina e garagem. O imóvel foi vendido 12 anos após o crime por R$ 1,6 milhão por Andreas, único herdeiro, já que sua irmã, Suzane, foi excluída da herança por indignidade

    Eduardo Enomoto/R7

  • Em janeiro deste ano, Suzane deixou o presídio em Tremembé, no interior de São Paulo, após a Justiça conceder progressão da sua pena para o regime aberto. Ela foi condenada inicialmente a 39 anos de prisão, mas conseguiu diminuir o tempo para 34 anos e quatro meses, com término previsto em 25 de fevereiro de 2038. A primeira vez que Suzane conseguiu a progressão de pena foi em outubro de 2015, quando passou a ter direito a saídas temporárias

    Em janeiro deste ano, Suzane deixou o presídio em Tremembé, no interior de São Paulo, após a Justiça conceder progressão da sua pena para o regime aberto. 

    Ela foi condenada inicialmente a 39 anos de prisão, mas conseguiu diminuir o tempo para 34 anos e quatro meses, com término previsto em 25 de fevereiro de 2038. A primeira vez que Suzane conseguiu a progressão de pena foi em outubro de 2015, quando passou a ter direito a saídas temporárias

    ESTADÃO CONTEÚDO

  • São Paulo, SP - 31.10.2023 - Fachada _ Crime  Richthofen _ Fachada da casa  de Suzane von Richthofen , rua Zacarias de Góes, número 232, no bairro do Brooklin, área nobre da Zona Sul de São Paulo.  Crime ocorreu no início da madrugada de 1 de novembro de 2002, o engenheiro Manfred Albert Freiherr von Richthofen e sua esposa, a psiquiatra Marísia von Richthofen, foram brutalmente assassinados enquanto dormiam, pelos irmãos Christian e Daniel Cravinhos. Na época do crime eles não foram acusados imediatamente pois tudo parecia ter sido um roubo com um final trágico. Foto Edu Garcia/R7

    Os novos proprietários, um engenheiro e uma dentista, reformaram a fachada. Mas, mesmo assim, é fácil distinguir a casa das demais no bairro do Brooklin, na zona sul de São Paulo. Agora, a tinta branca pintada por cima dos tijolos tenta esconder as pichações e ofensas a Suzane e aos irmãos Cravinhos, responsáveis pelo assassinato do casal Manfred e Marísia, donos de uma fortuna de mais de R$ 11 milhões.

    Através das frestas do portão, é possível ver o mato alto no jardim da casa e sentir o abandono. Vizinhos relataram ao R7 que raramente alguém aparece para checar as condições da casa, que atualmente está desabitada

    Edu Garcia/R7 – 31.10.2023

  • São Paulo, SP - 31.10.2023 - Fachada _ Crime Elize Matsunaga -  Fachada do edifício Roma, na rua Carlos Weber, Vila Leopoldina, na zona oeste da cidade de São Paulo  _ Em maio de 2012,  o empresário e herdeiro da empresa alimentícia Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, desapareceu do seu apartamento em São Paulo. Sua esposa, Elize Araújo Kitano Matsunaga, foi condenada por ter matado, destruído e ocultado o corpo do marido, esquartejando e colocando-o em sacos, os quais descartou em uma área de vegetação na Região Metropolitana de São Paulo. Foto Edu Garcia/R7

    Caso Matsunaga
    Os pedestres que caminham pela rua Carlos Weber, na Vila Leopoldina, na zona oeste da capital paulista, sabem apontar exatamente qual é o prédio onde Elize Matsunaga matou e esquartejou o marido, Marcos Matsunaga, herdeiro da Yoki, em 2012. Mesmo assim, e apesar do crime ser chocante, 11 anos depois o assunto não parece ser mais tão comentado na região.

    Moradores do prédio entrevistados pela reportagem disseram que o tema ainda é um tabu entre os condôminos. “Eu até gostaria de saber mais sobre o caso, mas ninguém mais toca no assunto, é um verdadeiro tabu e ninguém que mora no prédio fala disso”, contou um deles, que preferiu não ser identificado

    Edu Garcia/R7 – 31.10.2023

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  • Elize Matsunaga está em liberdade condicional desde maio de 2022. Presa em 2012, ela foi condenada a mais de 19 anos de prisão por homicídio doloso qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima, além de destruição e ocultação de cadáver. Ela conseguiu remição de parte da pena ao fazer cursos disponíveis e ler livros no cárcere. Além disso, trabalhou na oficina de costura do presídio, função pela qual recebia o valor de pelo menos três quartos de um salário mínimo

    Elize Matsunaga está em liberdade condicional desde maio de 2022. Presa em 2012, ela foi condenada a mais de 19 anos de prisão por homicídio doloso qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima, além de destruição e ocultação de cadáver.

    Ela conseguiu remição de parte da pena ao fazer cursos disponíveis e ler livros no cárcere. Além disso, trabalhou na oficina de costura do presídio, função pela qual recebia o valor de pelo menos três quartos de um salário mínimo

    Reprodução / Adri Felden

  • São Paulo, SP - 31.10.2023 - Fachada _ Crime Elize Matsunaga -  Fachada do edifício Roma, na rua Carlos Weber, Vila Leopoldina, na zona oeste da cidade de São Paulo  _ Em maio de 2012,  o empresário e herdeiro da empresa alimentícia Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, desapareceu do seu apartamento em São Paulo. Sua esposa, Elize Araújo Kitano Matsunaga, foi condenada por ter matado, destruído e ocultado o corpo do marido, esquartejando e colocando-o em sacos, os quais descartou em uma área de vegetação na Região Metropolitana de São Paulo. Foto Edu Garcia/R7

    “Não estava aqui quando o crime aconteceu e nem posso falar sobre o assunto. Tudo que posso dizer é que foi na cobertura do primeiro bloco e que nunca vi ninguém entrando ou saindo daquele apartamento”, contou rapidamente pelo interfone, e de forma desconfortável, o porteiro do prédio.

    Embora o local hoje não seja tão procurado, foi a insistência dos curiosos na época do crime que levou a administração do prédio a retirar o nome Roma da fachada, que antes ficava junto ao número 1.376 na portaria. Neste residencial, as coberturas têm 280 m² e custam mais de R$ 2,2 milhões

    Edu Garcia/R7 – 31.10.2023

  • Caso Isabella NardoniFoi pela janela do 6º andar do residencial London, na zona norte de São Paulo, que a menina Isabella Nardoni, de 5 anos, foi arremessada. Atualmente, o prédio aparenta ter as mesmas características daquele fatídico dia: 29 de março de 2008. O azulejo quadriculado azul-marinho ainda cobre as torres do edifício, e a portaria mantém suas grades brancas.Embora a rua seja bem menos movimentada do que há 15 anos e pareça ter caído no esquecimento da população, o assassinato da criança pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá, ainda é lembrado com muita dor pelos vizinhos

    Caso Isabella Nardoni
    Foi pela janela do 6º andar do residencial London, na zona norte de São Paulo, que a menina Isabella Nardoni, de 5 anos, foi arremessada. Atualmente, o prédio aparenta ter as mesmas características daquele fatídico dia: 29 de março de 2008. O azulejo quadriculado azul-marinho ainda cobre as torres do edifício, e a portaria mantém suas grades brancas.

    Embora a rua seja bem menos movimentada do que há 15 anos e pareça ter caído no esquecimento da população, o assassinato da criança pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá, ainda é lembrado com muita dor pelos vizinhos

    ESTADÃO CONTEÚDO

  • Antes de ser jogada pela janela, Isabella foi agredida brutalmente e fraturou o punho. Até hoje, Alexandre e Anna Carolina negam veementemente a participação na morte da menina. 

    Em 2010, o pai foi condenado a 31 anos e um mês de prisão, enquanto a madrasta recebeu pena de 28 anos e oito meses. Desde 2019, Alexandre cumpre pena em regime semiaberto com direito a cinco saídas temporárias por ano. Anna Carolina obteve regressão de pena e foi para o regime aberto em junho deste ano. O Ministério Público, entretanto, solicitou sua volta à prisão e agora o caso tramita em segredo de Justiça

    Reprodução

  • São Paulo, SP - 28.03.2023 - Caso Isabella Nardoni - Prédio na rua Santa Leocádia, 138, zona norte da cidade, local onde morreu Isavbella Nardoni e mural em homenagem à vítima. Foto Edu Garcia/R7

    Avaliado em cerca de R$ 600 mil, o apartamento que foi cenário do crime acabou sendo vendido por Alexandre por R$ 470 mil, uma desvalorização de mais de 20%. Os novos proprietários da unidade 62 fizeram uma reforma interna e trocaram a tela de proteção da janela

    Edu Garcia/R7 – 28.03.2023

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  • Caso Gil Rugai
    Localizada em Perdizes, bairro nobre da zona oeste de São Paulo, a rua Atibaia — conhecida por ser tranquila e arborizada — foi palco de um crime que chocou a cidade em 2004

    Foto: Rogério Cassimiro/Folhapress

  • O seminarista Gil Grego Rugai foi condenado pelo assassinato do pai, Luiz Carlos Rugai, de 40 anos, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, de 33. Eles foram encontrados mortos com marcas de tiros dentro da própria casa. Segundo as investigações, Gil arrombou a porta da residência e disparou quatro vezes contra o pai. Já a mulher foi baleada cinco vezes na porta da cozinha. Um dos tiros atingiu o olho esquerdo e os outros acertaram a vítima pelas costas

  • Gil Rugai foi condenado a 33 anos e 9 meses de prisão. Ele está em regime semiaberto desde 2021 e, em 2023, recebeu permissão para frequentar as aulas do curso de arquitetura na universidade Anhanguera, em Taubaté, no interior de SP. Como não houve manifestação contrária do irmão Léo Rugai, o seminarista tem direito à herança deixada pelo pai. O montante de bens da família, que ultrapassa os R$ 20 milhões, é dividido entre os irmãos e familiares da madrasta

    André Lessa/Estadão Conteúdo – Arquivo

  • São Paulo, SP - 31.10.2023 _ Crime Gil Rugai _  Fachada da casa onde Gil Rugai matou o pai e a madrasta. No ano de 2004, o Brasil foi abalado por um dos crimes mais chocantes da história. O casal Luis Carlos Rugai e Alessandra Troitino, donos de uma produtora de televisão, foi brutalmente assassinado em sua residência em Perdizes, zona oeste de São Paulo. O responsável pelos disparos que tiraram a vida dos dois foi o filho de Luis, Gil Rugai, então com 20 anos. Foto Edu Garcia/R7

    Hoje, o imóvel da rua Atibaia funciona como uma associação de integração e reabilitação para pessoas com deficiência. A fachada da casa foi reformada: as grades pretas foram substituídas por muro alto. Na portaria, há uma placa identificando a instituição e um interfone.

    “Não gostamos que tirem foto. O crime já aconteceu há muito tempo e não tem mais nada a ver com o que é hoje”, comentou um funcionário da instituição que abriu a porta ao R7. De acordo com o homem, a parte de dentro da casa foi adaptada para acessibilidade dos membros da associação, mas as principais estruturas foram mantidas

    Edu Garcia/R7 – 31.10.2023

  • São Paulo, SP - 10.10.2023 _  Eloá _ 15 anos _ Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos,  janela do apartamento onde foi mantida refém por mais de 100 horas pelo ex-namorado, Lindemberg Fernandes Alves, de 22 anos, em Santo André, no ABC Paulista. Ela foi morta no dia 17 de outubro de 2008 com um tiro na cabeça disparado por Lindemberg, em um trágico desfecho do sequestro. O rapaz invadiu o apartamento da adolescente inconformado com o fim do relacionamento. Foto Edu Garcia/R7

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  • Eloá estava em seu apartamento com mais quatro amigos quando Lindemberg, na época com 22 anos, invadiu o imóvel armado e os manteve reféns. Os outros adolescentes foram liberados, mas Eloá ficou presa durante quatro dias. No fim, ela foi baleada pelo ex e morreu. Os vizinhos preferem não falar sobre o caso. Para muitos, é uma lembrança dolorosa que desejam apagar da memória. Para outros, há o medo de serem cobrados por traficantes da região por atrair a imprensa. 

    Eloá estava em seu apartamento com mais quatro amigos quando Lindemberg, na época com 22 anos, invadiu o imóvel armado e os manteve reféns. Os outros adolescentes foram liberados, mas Eloá ficou presa durante quatro dias. No fim, ela foi baleada pelo ex e morreu. 

    Os vizinhos preferem não falar sobre o caso. Para muitos, é uma lembrança dolorosa que desejam apagar da memória. Para outros, há o medo de serem cobrados por traficantes da região por atrair a imprensa. “Já faz 15 anos do caso, mas parece que foi ontem. Ninguém deixa a gente esquecer”, diz uma moradora, que não quis se identificar

    ROBSON FERNANDJES/ ESTADÃO CONTEÚDO

  • São Paulo, SP - 10.10.2023 _  Eloá _ 15 anos _ Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos,  janela do apartamento onde foi mantida refém por mais de 100 horas pelo ex-namorado, Lindemberg Fernandes Alves, de 22 anos, em Santo André, no ABC Paulista. Ela foi morta no dia 17 de outubro de 2008 com um tiro na cabeça disparado por Lindemberg, em um trágico desfecho do sequestro. O rapaz invadiu o apartamento da adolescente inconformado com o fim do relacionamento. Tiro na parede do prédio em frente do apto onde Eloá ficou refém. Foto Edu Garcia/R7

    Alguns moradores que atenderam a reportagem afirmaram que um buraco na parede do bloco 24, em frente ao apartamento de Eloá, teria sido causado por um dos tiros do criminoso. Atualmente, Lindemberg cumpre pena em regime semiaberto na Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo 

    Quatro anos após o crime, o homem foi condenado a 98 anos e 10 meses de reclusão e ao pagamento de 1.320 dias-multa, sem o direito de recorrer em liberdade. A defesa recorreu, e a pena foi reduzida para 39 anos e 3 meses de reclusão, com início em regime fechado e pagamento de 16 dias-multa

    Edu Garcia/R7 – 10.10.2023

  • Crime da rua CubaEra 24 de dezembro de 1988, véspera de Natal. O advogado Jorge Toufic Bouchabki e sua mulher, Maria Cecília, foram mortos em sua residência na rua Cuba, no Jardim América, bairro nobre da zona oeste de São Paulo. Mesmo após 35 anos do ocorrido, um dos crimes mais violentos da cidade segue sem a identificação do culpado. O principal suspeito pelo assassinato foi, durante muito tempo, o filho do casal, Jorge Delmanto Bouchabki, que na época tinha 19 anos. Entretanto, a autoria nunca foi comprovada

    Crime da rua Cuba
    Era 24 de dezembro de 1988, véspera de Natal. O advogado Jorge Toufic Bouchabki e sua mulher, Maria Cecília, foram mortos em sua residência na rua Cuba, no Jardim América, bairro nobre da zona oeste de São Paulo.

    Mesmo após 35 anos do ocorrido, um dos crimes mais violentos da cidade segue sem a identificação do culpado. O principal suspeito pelo assassinato foi, durante muito tempo, o filho do casal, Jorge Delmanto Bouchabki, que na época tinha 19 anos. Entretanto, a autoria nunca foi comprovada

    Reprodução/ Record TV

  • São Paulo, SP - 31.10.2023 _   Fachada _ Crime _ Rua Cuba 109. Na véspera do Natal de 1988, o casal Maria Cecília e Jorge Toufic Bouchabki foram assassinados dentro de sua casa: uma residência localizada no número 109 da Rua Cuba, no bairro Jardim América — um dos mais ricos e luxuosos de São Paulo. Foto Edu Garcia/R7

    A casa ficou fechada por 14 anos, vendida em 2002 e reformada pela nova família de moradores. Hoje, a residência possui um imponente portão marrom, de ferro, com o número 109 cravado. Na portaria da residência, a reportagem acionou o interfone e conseguiu conversar com a empregada doméstica. 

    Pela porta do correio, a mulher contou que trabalha há dois anos para a segunda proprietária do imóvel, após a saída dos primeiros compradores. “Acho que eles não gostaram de ficar morando em uma casa onde ocorreu uma tragédia dessas. Então passaram a casa para frente e venderam para a minha patroa. Não acho tão assustador como os outros dizem. Para mim, é tranquilo, sem clima nenhum”, falou

    Edu Garcia/R7 – 07.11.2023

  • São Paulo, SP - _ Segundo relato oficiais da época,  dois irmãos teriam discutido, os ânimos se exaltaram e eles apontaram armas um para o outro. A mãe veio apartar, e esse foi o estopim.    De acordo com a versão oficial, Álvaro foi o culpado: baleou fatalmente a mãe e o irmão e, caindo em si, suicidou-se com dois tiros no peito, método pertinente a quem deixa a vida para entrar pra história. Porém, algumas provas e circunstâncias levam muitos a acreditar que não foi bem assim, inclusive Leda Kiehl, sobrinha-neta de Maria Cândida e autora do livro O Crime do Castelinho: Mitos e Verdades, de 2015. _  Foto Edu Garcia/R7

    Hoje, a rua Cuba é repleta de casarões e conta com a proteção de uma equipe de segurança. A casa possui quartos, banheiros, salas de estar, copa, cozinha, escritório, lavanderia, quintal e garagem. Há cerca de dez anos, o imóvel teria sido comprado pela nova proprietária, que mora com as três filhas gêmeas, a babá e a empregada. Após tantos anos, a residência não é mais tão procurada por curiosos, mas o endereço continua marcado como cenário de um crime ainda não solucionado 

    Edu Garcia/R7 – 07.11.2023

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  • Castelinho da rua Apa
    O castelinho da rua Apa guarda o segredo de um dos crimes mais misteriosos da cidade de São Paulo. A mãe Maria Cândida e os dois filhos, Álvaro e Armando, da poderosa família Guimarães Reis, foram mortos a tiros na residência, localizada no centro de São Paulo, em maio de 1937 — dois meses após a morte do pai, Virgilio.

    Reza a lenda que os irmãos teriam entrado em uma briga por divergências sobre os rumos do negócio da família e da herança. No dia do crime, Álvaro teria atirado contra o irmão e acertado também a mãe, que tentava apartar a briga. Ao ver o que tinha feito, o homem cometeu suicídio. Porém, a hipótese nunca foi confirmada pela perícia e as circunstâncias levaram muitos a acreditar que não foi exatamente isso o que aconteceu

    Reprodução Pinterest

  • São Paulo, SP - _ Segundo relato oficiais da época,  dois irmãos teriam discutido, os ânimos se exaltaram e eles apontaram armas um para o outro. A mãe veio apartar, e esse foi o estopim.    De acordo com a versão oficial, Álvaro foi o culpado: baleou fatalmente a mãe e o irmão e, caindo em si, suicidou-se com dois tiros no peito, método pertinente a quem deixa a vida para entrar pra história. Porém, algumas provas e circunstâncias levam muitos a acreditar que não foi bem assim, inclusive Leda Kiehl, sobrinha-neta de Maria Cândida e autora do livro O Crime do Castelinho: Mitos e Verdades, de 2015. _  Foto Edu Garcia/R7

    O imóvel ficou sem herdeiros. Abandonado durante anos, ele foi invadido por moradores de rua e usuários de droga, se tornou um ferro-velho e só em 1996 foi cedido pela administração pública ao Clube de Mães do Brasil, instituição filantrópica voltada a pessoas em situação de vulnerabilidade. Por unanimidade do Congresso, a associação conseguiu verba para a restauração do prédio histórico, que se iniciou em 2015 e terminou em 2017

    Edu Garcia/R7 – 07.11.2023

  • São Paulo, SP - _ Segundo relato oficiais da época,  dois irmãos teriam discutido, os ânimos se exaltaram e eles apontaram armas um para o outro. A mãe veio apartar, e esse foi o estopim.    De acordo com a versão oficial, Álvaro foi o culpado: baleou fatalmente a mãe e o irmão e, caindo em si, suicidou-se com dois tiros no peito, método pertinente a quem deixa a vida para entrar pra história. Porém, algumas provas e circunstâncias levam muitos a acreditar que não foi bem assim, inclusive Leda Kiehl, sobrinha-neta de Maria Cândida e autora do livro O Crime do Castelinho: Mitos e Verdades, de 2015. _  Foto Edu Garcia/R7

    Totalmente reformado, atualmente o castelinho mantém suas mesmas características arquitetônicas na parte externa. No entanto, a gerente administrativa do Clube das Mães, Claudineia Viana, conta que nada da antiga casa está presente no interior do castelinho. “Estava só a carcaça e nada foi aproveitado. Agora ele está vazio, não há móveis lá dentro porque não conseguimos resgatar a história de como era cada cômodo. Hoje temos salas de reuniões usadas pela instituição e quartos para atendimento médico e psicológico de quem nos procura”, disse

    Edu Garcia/R7 – 07.11.2023

  • São Paulo, SP - _ Segundo relato oficiais da época,  dois irmãos teriam discutido, os ânimos se exaltaram e eles apontaram armas um para o outro. A mãe veio apartar, e esse foi o estopim.    De acordo com a versão oficial, Álvaro foi o culpado: baleou fatalmente a mãe e o irmão e, caindo em si, suicidou-se com dois tiros no peito, método pertinente a quem deixa a vida para entrar pra história. Porém, algumas provas e circunstâncias levam muitos a acreditar que não foi bem assim, inclusive Leda Kiehl, sobrinha-neta de Maria Cândida e autora do livro O Crime do Castelinho: Mitos e Verdades, de 2015. _  Foto Edu Garcia/R7

    Em relação às mortes no castelinho, Claudineia diz não ter resposta certa. “Não tem ninguém para contar essa história. Na internet existem milhões de pessoas dando depoimentos, livros, caça-fantasma. Mas ninguém sabe realmente o que aconteceu. Então eu falo para as pessoas que vêm aqui dentro: ‘O que você imagina que pode ter acontecido?’ Você mesmo cria a sua história, já que o fato concreto nem a perícia sabe”.

    Para o ano que vem, a instituição pretende fazer um museu no castelinho da rua Apa, que vai contar a história da associação, do bairro e da família Guimarães Reis

    *Sob supervisão de Letícia Dauer

    Edu Garcia/R7 – 07.11.2023

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